terça-feira, 1 de agosto de 2017

ENEM_Linguagens_Códigos_2011_2ªAp

ENEM 2016 - 3ª APLICAÇÃO
ENEM 2011 - LINGUAGENS E CÓDIGOS - 2ª APLICAÇÃO

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(ENEM 2011 - 2ª Aplicação).

O Ensino no Novo Milênio

   Tecnicamente, o e-learning é o ensino realizado através de meios eletrônicos. É basicamente um sistema hospedado no servidor de uma empresa de qualquer tamanho — ou de pessoa física — que vai transmitir, pela internet ou intranet, informações e instruções aos alunos, visando agregar conhecimento específico. O sistema pode substituir total ou, o que é mais comum, parcialmente, o instrutor como o condutor do processo de ensino.

PEREIRA, J. Meu Próprio Negócio. São Paulo, nº 87, maio 2010.

A utilização de meios eletrônicos no processo de ensino e aprendizagem é uma realidade da vida contemporânea.

O aluno acessa informações e segue instruções visando agregar conhecimento na aprendizagem por meio da educação a distância, a qual

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Figura I: Disponível em: http://www.dicasdedanca.com.br. Figura II: Disponível em: http://www.canalkids.com.br. Figura III: Disponível em: http://2.bp.blogspot.com. Figura IV: Disponível em: http://esporaprata.zip.net. Acessos em: 1 maio 2010.

Cada região do país, por meio de suas danças populares, expressa sua cultura, que envolve aspectos sociais, econômicos, históricos, entre outros. As danças provocam a associação entre música e ritmo e o desenvolvimento de maior sensibilidade dos órgãos sensoriais. A ampliação da intensidade da audição aumenta a concentração, possibilitando o processo de transformação do ritmo musical em movimento espontâneo. Como exemplo de danças, tem-se o carimbó, na região Norte, e as danças gaúchas, na região Sul.

Nesse contexto, as danças populares permitem a descontração, o desenvolvimento e o descanso por serem atividades lúdicas que

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   O esporte, as ginásticas, a dança, as artes marciais, as práticas de aptidão física tornam-se, cada vez mais, produtos de consumo (mesmo que apenas como imagens) e objetos de conhecimento e informação amplamente divulgados ao grande público. Jornais, revistas, videogames, rádio e televisão difundem ideias sobre a cultura corporal do movimento.

BETTI, M.; ZULIANI, L. R. Educação Física Escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. São Paulo, 2002

Essa difusão possibilitou o acesso a uma diversidade de atividades físicas e esportes coletivos praticados ao redor do mundo, que

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  Como a ideia de gênero está fundada nas diferenças biológicas entre os sexos, ela aponta para o caráter implicitamente relacional do feminino e do masculino.

  Assim, gênero é uma categoria relacional porque leva em conta o outro sexo, em presença ou ausência. Além disso, relaciona-se com outras categorias, pois não somos vistos(as) de acordo apenas com nosso sexo ou com o que a cultura fez dele, mas de uma maneira muito mais ampla: somos classificados(as) de acordo com nossa idade, raça, etnia, classe social, altura e peso corporal, habilidades motoras, entre muitas outras.

SOUSA, E. S.; ALTMANN, H. Meninos e meninas: expectativas corporais e implicações na educação física escolar. Cadernos Cedes. Ano XIX, nº 48, ago.1999.

Diante do exposto, é possível perceber que as diferenças entre sexo masculino e feminino se encontram em todos os campos de atividades. Atualmente, no campo da prática de atividades físicas, percebe-se

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  O esporte de alto rendimento envolve atividades físicas de caráter competitivo, no qual os atletas competem consigo mesmos ou com outros, sujeitando-se a regras preestabelecidas aprovadas pelos organismos internacionais ou nacionais de cada modalidade.

As grandes competições são reservadas aos grandes talentos e possibilitam a promoção de espetáculos que

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(ENEM 2011 - 2ª Aplicação).

Brazil, capital Buenos Aires

  No dia em que a bossa nova inventou o Brazil

  Teve que fazer direito, senhores pares,

  Porque a nossa capital era Buenos Aires,

  A nossa capital era Buenos Aires.

  E na cultura-Hollywood o cinema dizia

  Que em Buenos Aires havia uma praia

  Chamada Rio de Janeiro

  Que como era gelada só podia ter

  Carnaval no mês de fevereiro.

  Naquele Rio de Janeiro o tango nasceu

  E Mangueira o imortalizou na avenida

  Originária das tangas

  Com que as índias fingiam

  Cobrir a graça sagrada da vida.

Tom Zé. Disponível em http://letras.terra.com.br. Acesso em: abr. 2010.

O texto de Tom Zé, crítico de música, letrista e cantor, insere-se em um contexto histórico e cultural que, dentro da cultura literária brasileira, define-se como

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Michelangelo. Pietà, século XV.

Vicente do Rego Monteiro. Pietà, 1924.

Vicente do Rego Monteiro foi um dos pintores, cujas telas foram expostas durante a Semana de Arte Moderna. Tal como Michelangelo, ele se inspirou em temas bíblicos, porém com um estilo peculiar. Considerando-se as obras apresentadas, o artista brasileiro

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(ENEM 2011 - 2ª Aplicação).

  Ele se aproximou e com a voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:

  ― E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a passear?

  ― Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa, antes que ele mudasse de ideia.

  ― E se me permite, qual é mesmo a sua graça?

  ― Macabea.

  ― Maca ― o quê?

  ― Bea, foi ela obrigada a completar.

  ― Me desculpe mas até parece doença, doença de pele.

  ― Eu também acho esquisito mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas parece que deu certo — parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor ― pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...

  [...]

  Numa das vezes em que se encontraram ela afinal perguntou-lhe o nome.

  ― Olímpico de Jesus Moreira Chaves ― mentiu ele porque tinha como sobrenome apenas o de Jesus, sobrenome dos que não têm pai. [...]

  ― Eu não entendo o seu nome ― disse ela. ― Olímpico?

  Macabea fingia enorme curiosidade escondendo dele que ela nunca entendia tudo muito bem e que isso era assim mesmo. Mas ele, galinho de briga que era, arrepiou-se todo com a pergunta tola e que ele não sabia responder. Disse aborrecido:

  ― Eu sei mas não quero dizer!

  ― Não faz mal, não faz mal, não faz mal... a gente não precisa entender o nome.

LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1978 (fragmento).

Na passagem transcrita, a caracterização das personagens e o diálogo que elas estabelecem revelam alguns aspectos centrais da obra, entre os quais se destaca a optou por fazer uma escultura minimalista,

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   Gravuras e pinturas são duas modalidades da prática gráfica rupestre, feitas com recursos técnicos diferentes. Existem vastas áreas nas quais há dominância de uma ou outra técnica no Brasil, o que não impede que ambas coexistam no mesmo espaço.

  Mas em todas as regiões há mãos, pés, antropomorfos e zoomorfos. Os grafismos realizados em blocos ou paredes foram gravados por meio de diversos recursos: picoteamento, entalhes e raspados.

DANTAS, M. Antes: história da pré-história. Brasília: CCBB, 2006.

Disponível em: http://www.scipione.com.br. Acesso em: 30 abr. 2009.

Nas figuras que representam a arte da pré-história brasileira e estão localizadas no sítio arqueológico da Serra da Capivara, estado do Piauí, e, com base no texto, identificam-se

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(ENEM 2011 - 2ª Aplicação).

Morte e vida Severina

  Somos muitos Severinos

  iguais em tudo na vida:

  na mesma cabeça grande

  que a custo é que se equilibra,

  no mesmo ventre crescido

  sobre as mesmas pernas finas,

  e iguais também porque o sangue

  que usamos tem pouca tinta.

  E se somos Severinos

  iguais em tudo na vida,

  morremos de morte igual,

  mesma morte Severina:

  que é a morte de que se morre

  de velhice antes dos trinta

  de emboscada antes dos vinte,

  de fome um pouco por dia.

MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio Janeiro: Nova Aguilar, 1994 (fragmento).

Nesse fragmento, parte de um auto de Natal, o poeta retrata uma situação marcada pela

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  O acesso à educação profissional e tecnológica pode mudar a vida de milhões de jovens em todo o país: há uma nova lei do estágio. Com a nova lei, o governo federal define o estágio profissional como ato educativo e determina medidas para que esta atividade contribua para familiarizar o futuro profissional com o mundo do trabalho. Entre as medidas estabelecidas, estão: a obrigatoriedade da supervisão por parte do professor da instituição de origem do estudante com o auxílio de um profissional no local de trabalho, a definição de jornada máxima de trabalho de quatro a seis horas.

Carta na Escola. Nº 32, dez. 2008/jan. 2009 (adaptado).

Ao listar as mudanças ocorridas na legislação referente ao estágio, o autor do texto tem como objetivo

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LÉGER, F. Soldados jogando cartas. 1917. FARTHING, S. Coleção Grandes Artistas. Rio de Janeiro: Sextante, 2009.

As vanguardas europeias não devem ser vistas isoladamente, uma vez que elas apresentam alguns conceitos estéticos e visuais que se aproximam. Com base nos conceitos vanguardistas, entre eles o de exploração de formas geometrizadas do Cubismo, no início do século XX, o quadro Soldados jogando cartas explora uma

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LÉGER, F. Soldados jogando cartas. 1917. FARTHING, S. Coleção Grandes Artistas. Rio de Janeiro: Sextante, 2009.

Fernand Léger, artista francês envolvido com o movimento cubista, tinha como princípio transformar imagens em figuras geométricas, especialmente cones, esferas e cilindros. A obra apresentada mostra o homem em uma alusão à Revolução Industrial e ao pós I Guerra Mundial e explora

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   — Adiante... Adiante... Não pares... Eu vejo. Canaã! Canaã!

   Mas o horizonte da planície se estendia pelo seio da noite e se confundia com os céus.

  Milkau não sabia para onde o impulso os levava: era o desconhecido que os atraía com a poderosa e magnética força da Ilusão. Começava a sentir a angustiada sensação de uma corrida no Infinito...

  — Canaã! Canaã!... suplicava ele em pensamento, pedindo à noite que lhe revelasse a estrada da Promissão.

  E tudo era silêncio, e mistério... Corriam... corriam. E o mundo parecia sem fim, e a terra do Amor mergulhada, sumida na névoa incomensurável... E Milkau, num sofrimento devorador, ia vendo que tudo era o mesmo; horas e horas, fatigados de voar, e nada variava, e nada lhe aparecia... Corriam... corriam...

ARANHA, G. Canaã. São Paulo: Ática, 1998 (fragmento).

O sonho da terra prometida revela-se como valor humano que faz parte do imaginário literário brasileiro desde a chegada dos portugueses. Ao descrever a situação final das personagens Milkau e Maria, Graça Aranha resgata esse desejo por meio de uma perspectiva

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   O RETIRANTE ENCONTRA DOIS HOMENS CARREGANDO UM DEFUNTO NUMA REDE, AOS GRITOS DE: “Ó IRMÃOS DAS ALMAS! IRMÃOS DAS ALMAS! NÃO FUI EU QUE MATEI NÃO”

   — A quem estais carregando,

   Irmãos das almas,

   Embrulhado nessa rede?

   Dizei que eu saiba.

   — A um defunto de nada,

   Irmão das almas,

   Que há muitas horas viaja

   À sua morada.

   — E sabeis quem era ele,

   Irmãos das almas,

   Sabeis como ele se chama

   Ou se chamava?

   — Severino Lavrador,

   Irmão das almas,

   Severino Lavrador,

   Mas já não lavra.

MELO NETO, J. C. Morte e vida Severina e outros poemas para vozes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994 (fragmento).

O personagem teatral pode ser construído tanto por meio de uma tradição oral quanto escrita. A interlocução entre oralidade regional e tradição religiosa, que serve de inspiração para autores brasileiros, parte do teatro português. Dessa forma, a partir do texto lido, identificam-se personagens que

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   Quando Rubem Braga não tinha assunto, ele abria a janela e encontrava um. Quando não encontrava, dava no mesmo, ele abria a janela, olhava o mundo e comunicava que não havia assunto. Fazia isso com tanto engenho e arte que também dava no mesmo: a crônica estava feita. Não tenho nem o engenho nem a arte de Rubem, mas tenho a varanda aberta sobre a Lagoa ― posso não ver melhor, mas vejo mais. [...]

   Nelson Rodrigues não tinha problemas. Quando não havia assunto, ele inventava. Uma tarde, estacionei ilegalmente o Sinca-Chambord na calçada do jornal. Ele estava com o papel na máquina e provisoriamente sem assunto. Inventou que eu descia de um reluzente Rolls Royce com uma loura suspeita, mas equivalente à suntuosidade do carro. Um guarda nos deteve, eu tentei subornar a autoridade com dinheiro, o guarda não aceitou o dinheiro, preferiu a loura. Eu fiquei sem a multa e sem a mulher. Nelson não ficou sem assunto.

CONY, C. H. Folha de S. Paulo. 2 jan. 1998 (adaptado).

O autor lançou mão de recursos linguísticos que o auxiliaram na retomada de informações dadas sem repetir textualmente uma referência. Esses recursos pertencem ao uso da língua e ganham sentido nas práticas de linguagem. É o que acontece com os usos do pronome “ele” destacados no texto. Com essa estratégia, o autor conseguiu

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  Nascido em 1935, José Francisco Borges ou J. Borges, como prefere ser chamado, é um dos mais expressivos artistas populares do Brasil. Considerado por Ariano Suassuna o maior gravador popular do país, o artista foi um dos ilustradores do calendário da ONU do ano de 2002. Autodidata, J. Borges publicou seu primeiro cordel em 1964, intitulado O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina, seguido de O Verdadeiro Aviso de Frei Damião Sobre os Castigos que Vêm, cuja publicação deu início à sua carreira de gravador. Na década de 1970, artistas plásticos, intelectuais e marchands passaram a encomendar suas xilogravuras, o que levou as imagens a ganharem cada vez mais autonomia em relação ao cordel. Desde então, o itinerário do artista vem se fortalecendo pela transmissão dos conhecimentos da xilogravura às novas gerações de sua família, com quem mantém a Casa de Cultura Serra Negra, no sertão pernambucano.

Disponível em: http://msn.onne.com.br. Acesso em: 21 maio 2010.

BORGES, J. Iemanjá. Xilogravura.

A xilogravura é um meio de expressão de grande força artística e literária no Brasil, especialmente no Nordeste brasileiro, onde os artistas populares talham a madeira, transformando-a em verdadeiras obras de arte. Com total liberdade artística, hoje já conquistaram espaço entre os diversos setores culturais do país, retratando cenas

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   Já reparei uma coisa: bola de futebol, seja nova, seja velha, é um ser muito compreensivo, que dança conforme a música: se está no Maracanã, numa decisão de título, ela rola e quiçá com um ar dramático, mantendo sempre a mesma pose adulta, esteja nos pés de Gérson ou nas mãos de um gandula. Em compensação, num racha de menino, ninguém é mais sapeca: ela corre para cá, corre para lá, quiçá no meio-fio, para de estalo no canteiro, lambe a canela de um, deixa-se espremer entre mil canelas, depois escapa, rolando, doida, pela calçada. Parece um bichinho.

NOGUEIRA, A. Peladas. Os melhores da crônica brasileira.Rio de Janeiro: José Olympio, 1977 (fragmento).

O texto expressa a visão do cronista sobre a bola de futebol. Entre as estratégias escolhidas para dar colorido a sua expressão, identifica-se, predominantemente, uma função da linguagem caracterizada pela intenção do autor em

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Mudança

  Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.

   Arrastaram-se para lá, devagar, sinhá Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio. As manchas dos juazeiros tornaram a aparecer, Fabiano aligeirou o passo, esqueceu a fome, a canseira e os ferimentos.

   Deixaram a margem do rio, acompanharam a cerca, subiram uma ladeira, chegaram aos juazeiros. Fazia tempo que não viam sombra.

RAMOS, G. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2008 (fragmento).

Valendo-se de uma narrativa que mantém o distanciamento na abordagem da realidade social em questão, o texto expõe a condição de extrema carência dos personagens acuados pela miséria.

O recurso utilizado na construção dessa passagem, o qual comprova a postura distanciada do narrador, é a

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(ENEM 2011 - 2ª Aplicação).

Uma luz na evolução

  Dois fósseis descobertos na África do Sul, dotados de inusitada combinação de características arcaicas e modernas, podem ser ancestrais diretos do homem Os últimos quinze dias foram excepcionais para o estudo das origens do homem. No fim de março, uma falange fossilizada encontrada na Sibéria revelou uma espécie inteiramente nova de hominídeo que existia há 50 000 anos. Na semana passada, cientistas da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, anunciaram uma descoberta similar. São duas as ossadas bastante completas ― a de um menino de 12 anos e a de uma mulher de 30 ― encontradas na caverna Malapa, a 40 quilômetros de Johannesburgo.

  Devido à abundância de fósseis, a região é conhecida como Berço da Humanidade.

Veja. Abr. 2010 (adaptado).

Sabe-se que as funções da linguagem são reconhecidas por meio de recursos utilizados segundo a produção do autor, que, nesse texto, centra seu objetivo

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O nascimento da crônica

  Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor!

  Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca.

  Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, en La glace est rompue; está começada a crônica.

  Mas, leitor amigo, esse meio é mais velho ainda do que as crônicas, que apenas datam de Esdras. Antes de Esdras, antes de Moisés, antes de Abraão, Isaque e Jacó, antes mesmo de Noé, houve calor e crônicas. No paraíso é provável, é certo que o calor era mediano, e não é prova do contrário o fato de Adão andar nu. Adão andava nu por duas razões, uma capital e outra provincial.

  A primeira é que não havia alfaiates, não havia sequer casimiras; a segunda é que, ainda havendo-os, Adão andava baldo ao naipe. Digo que esta razão é provincial, porque as nossas províncias estão nas circunstâncias do primeiro homem.

ASSIS, M. In: SANTOS, J .F. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007 (fragmento).

Um dos traços fundamentais da vasta obra literária de Machado de Assis reside na preocupação com a expressão e com a técnica de composição. Em O nascimento da crônica, Machado permite ao leitor entrever um escritor ciente das características da crônica, como

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  Um asteroide de cerca de um mil metros de diâmetro, viajando a 288 mil quilômetros por hora, passou a uma distância insignificante ― em termos cósmicos ― da Terra, pouco mais do dobro da distância que nos separa da Lua. Segundo os cálculos matemáticos, o asteroide cruzou a órbita da Terra e somente não colidiu porque ela não estava naquele ponto de interseção. Se ele tivesse sido capturado pelo campo gravitacional do nosso planeta e colidido, o impacto equivaleria a 40 bilhões de toneladas de TNT ou o equivalente à explosão de 40 mil bombas de hidrogênio, conforme calcularam os computadores operados pelos astrônomos do programa de Exploração do Sistema Solar da Nasa; se caísse no continente, abriria uma cratera de cinco quilômetros, no mínimo, e destruiria tudo o que houvesse num raio de milhares de outros; se desabasse no oceano, provocaria maremotos que devastariam imensas regiões costeiras. Enfim, uma visão do Apocalipse.

Disponível em: http://bdjur.stj.jus.br. Acesso em: 23 abr. 2010 (fragmento).

Com base na leitura do fragmento, percebe-se que o texto foi construído com o objetivo de

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(ENEM 2011 - 2ª Aplicação).

Disponível em: http://www.clubedamafalda.blogspot.com. Acesso em: 24 set. 2007.

A língua é um patrimônio cultural indispensável para a preservação da memória e da identidade de um povo. Nesse contexto, percebe-se, na tirinha, uma crítica

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   Na sociedade moderna, a maioria das relações humanas é medida e mediada pelo dinheiro. O dinheiro que você tem define onde você mora, o que come, como se veste e se desloca, sua educação e sua saúde. Por isso, ricos e pobres, materialistas e desprendidos, avarentos e perdulários, portadores ou não de cartões de crédito, todos têm de saber lidar com o dinheiro, pois ele permeia todos os aspectos da vida.

Vida simples. Ed. 74, dez. 2008 (adaptado).

O texto trata de um tema relevante para o cotidiano de todas as pessoas: a relação pessoal com o dinheiro. A enumeração apresentada no último período demonstra a

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História do contato entre línguas no Brasil

  No Brasil, o contato dos colonizadores portugueses com milhões de falantes de mais de mil línguas autóctones e de cerca de duzentas línguas que vieram na boca de cerca de quatro milhões de africanos trazidos para o país como escravos é, sem sombra de dúvida, o principal parâmetro histórico para a contextualização das mudanças linguísticas que afetaram o português brasileiro. E processos como esses não devem ser levados em conta apenas para a compreensão das diferenças entre as variedades linguísticas nacionais.

   O próprio mapeamento das variedades linguísticas contemporâneas do português europeu e, sobretudo, do português brasileiro, tanto no plano diatópico quanto no plano diastrático, depende crucialmente de uma apurada compreensão do processo histórico de sua formação.

LUCCCHESI, D.; BAXTER, A.; RIBEIRO, I. (orgs.). O português afro-brasileiro.

Glossário:

Autóctone: nativo de uma região.

Salvador: EdUFBA, 2009 (adaptado).

Diatópico: referente à variação de uma mesma língua no plano regional (país, estado, cidade etc.).

Diastrático: referente à variação de uma mesma língua em função das diversas classes sociais.

Do ponto de vista histórico, as mudanças linguísticas que afetaram o português do Brasil têm sua origem no contato dos colonizadores com inúmeras línguas indígenas e africanas. Considerando as reflexões apresentadas no texto, verifica-se que esse processo, iniciado no começo da colonização, teve como resultado

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  Foi sempre um gaúcho quebralhão, e despilchado sempre, por ser muito de mãos abertas. Se numa mesa de primeira ganhava uma ponchada de balastracas, reunia a gurizada da casa, fazia pi! pi! pi! como pra galinhas e semeava as moedas, rindo-se do formigueiro que a miuçada formava, catando as pratas no terreiro.

   Gostava de sentar um laçaço num cachorro, mas desses laçaços de apanhar da palheta à virilha, e puxado a valer, tanto que o bicho que o tomava, de tanto sentir dor, e lombeando-se, depois de disparar um pouco é que gritava, num caim! caim! caim! de desespero.

LOPES NETO, J. S. Contrabandista. In: SALES, H. (org). Antologia de contos brasileiros. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001 (adaptado).

A língua falada no Brasil apresenta vasta diversidade, que se manifesta de acordo com o lugar, a faixa etária, a classe social, entre outros elementos. No fragmento do texto literário, a variação linguística destaca-se

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(ENEM 2011 - 2ª Aplicação).

Disponível em: http://www.mt.gov.br. Acesso em: 28 jun. 2011 (adaptado).

O texto publicitário tem como objetivo principal o convencimento do seu público-leitor e, para alcançar esse objetivo, utiliza diferentes tipos de linguagem.

Na peça publicitária, que foi divulgada na ocasião da aprovação da Lei Seca, os elementos verbais e não verbais foram usados a fim de levar a população a

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(ENEM 2011 - 2ª Aplicação).

TEXTO I

Brasil africano

   De várias partes da África, veio a metade dos nossos antepassados no período da escravidão, entre os séculos XVII e XIX. As muitas línguas que falavam mudaram o português existente no Brasil. Da estética à culinária, dos costumes à religião, as influências também foram numerosas e permanecem. Os estudos africanos no país remontam ao começo do século XX, mas há, ainda, muito para ser descoberto e compreendido dessas tantas trocas culturais.

TEXTO II

Cais em Salvador, em foto de Gaensly & Lindermann, século XX Revista Biblioteca Entre Livros: Vozes da África. São Paulo: Ediouro.

Ao relacionar-se a temática dos Textos I e II, sobre a influência africana no Brasil, constata-se que

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Veja. Nº 14, 7 abr. 2010.

As modernas técnicas de comunicação estão associadas aos impactos da mensagem. Nesse texto, a intenção é

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(ENEM 2011 - 2ª Aplicação).

  Diz-se, em termos gerais, que é preciso “falar a mesma língua”: o português, por exemplo, que é a língua que utilizamos. Mas trata-se de uma língua portuguesa ou de várias línguas portuguesas? O português da Bahia é o mesmo português do Rio Grande do Sul?

  Não está cada um deles sujeito a influências diferentes ― linguísticas, climáticas, ambientais? O português do médico é igual ao do seu cliente? O ambiente social e o cultural não determinam a língua? Estas questões levam à constatação de que existem níveis de linguagem. O vocabulário, a sintaxe e mesmo a pronúncia variam segundo esses níveis.

VANOYE, F. Usos da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1981 (fragmento).

Na fala e na escrita, são observadas variações de uso, motivadas pela classe social do indivíduo, por sua região, por seu grau de escolaridade, pelo gênero, pela intencionalidade do ato comunicativo, ou seja, pelas situações linguísticas e sociais em que a linguagem é empregada. A variedade linguística adequada à situação específica de uso social está expressa

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(ENEM 2011 - 2ª Aplicação).

Veja. 27 abr. 2011 (adaptado).

Os textos pertencem a gêneros em razão de configurações e de propósitos comunicativos específicos, os quais revelam sua função social. O texto em análise apresenta-se como

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(ENEM 2011 - 2ª Aplicação).

   Nas sociedades urbanas, desde que nascemos, estamos imersos em um ambiente dominado pela tecnologia da informação e da comunicação e por produtos tecnológicos como o rádio, a TV, o cinema e a internet, com os quais criamos redes sociais via web, MSN, sites de relacionamento e Orkut. Utilizamos a tecnologia tanto para entrar em contato com amigos, quanto para o trabalho e para operações comerciais. Enquanto circulamos pelas cidades, nossos sentidos são tomados por informações medidas pela tecnologia, estampadas em outdoors, cartazes e bancas de jornais.

De acordo com o texto, a vida moderna é profundamente influenciada pela tecnologia da informação e da comunicação. Com base nessa assertiva, conclui-se que as pessoas

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(ENEM 2011 - 2ª Aplicação).

Texto I

DRUMMOND, B. Revista O Globo. Nº 248, 26 abr. 2009.

Texto II

  São 68 milhões num universo de 190 milhões de brasileiros conectados nas redes virtuais. O e-mail, irmão moderno da carta, ainda é uma ferramenta imprescindível de comunicação, mas já começa a dar espaço para ferramentas mais ágeis de interação, como MSN, Orkut, Facebook, Twitter e blogs.

FERREIRA JÚNIOR, H. (adaptado).

Da leitura dos dois textos, depreende-se que a internet tem se expandido muito nos últimos anos. Apesar disso, a atitude do rapaz no Texto I revela a

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  Piraí, Piraí, Piraí

  Piraí bandalargou-se um pouquinho

  Piraí infoviabilizou

  Os ares do município inteirinho

  Com certeza a medida provocou

  Um certo vento de redemoinho

  

  Diabo de menino agora quer

  Um ipod e um computador novinho

  Certo é que o sertão quer virar mar

  Certo é que o sertão quer navegar

  No micro do menino internetinho

GIL, G. Banda larga cordel. Geleia Geral. 2008. Disponível em: http://www.gilbertogil.com.br. Acesso em: 24 abr. 2010 (fragmento).

No texto, encontram-se as expressões “bandalargou-se”, “infoviabilizou” e “internetinho”, que indicam a influência da tecnologia digital na língua. Em relação à dinamicidade da língua no processo de comunicação, essas expressões representam

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Sacolas

Por que optar pelas duráveis, como faziam nossos avós?

  O mundo produz sacolas plásticas desde a década de 1950. Como não se degradam facilmente na natureza, grande parte delas ainda vão continuar por mais de 300 anos em algum lugar do planeta.

  Calcula-se que até 1 trilhão de sacolas plásticas são produzidas anualmente em todo mundo. O Brasil produz mais de 12 bilhões todos os anos, e 80% delas são utilizadas uma única vez.

  Sacolas plásticas são leves e voam ao vento.

  Por isso, elas entopem esgotos e bueiros, causando enchentes. São encontradas até no estômago de tartarugas marinhas, baleias, focas e golfinhos mortos por sufocamento.

  Várias redes de supermercados do Brasil e do mundo já estão sugerindo o uso de caixas de papelão e colocando à venda sacolas de pano ou de plástico duráveis para transportar as mercadorias.

  Sacolas plásticas descartáveis são gratuitas para os consumidores, mas têm um custo incalculável para o meio ambiente.

Anúncio publicitário veiculado na revista Veja. N° 27, 8 jul. 2009.

Os argumentos utilizados no texto indicam que seu público-alvo é o consumidor e seu objetivo é estimular

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(ENEM 2011 - 2ª Aplicação).

Disponível em: http://www.wwf.org.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado).

A relação entre texto e imagem potencializa a força de persuasão desse anúncio, que apresenta como principal objetivo

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(ENEM 2011 - 2ª Aplicação).

BAGNO, M. Não é errado falar assim!: em defesa do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2009 (adaptado).

A situação social em que o falante está inserido é determinante para o uso da língua. Dessa forma, cabe ao usuário adequar-se a cada contexto, a seus condicionantes: formalidade/informalidade, intimidade/hierarquias etc. Considerando-se a situação comunicativa, há, na charge,

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Árvore da Língua

  Ao longo dos três andares, uma instalação de 16 metros de altura mostra palavras com mais de 6 mil anos, projetadas em folhas da Árvore da Língua. Ela faz os significados dançarem para falar da evolução do indo-europeu ao latim e, dele, ao português. Criada pelo designer Rafic Farah, a escultura é pontuada por um mantra de Arnaldo Antunes, com os termos “língua” e “palavra” cantados em vários idiomas.

SCARDOVELI, E. Revista Língua Portuguesa. Ano II, nº 6. São Paulo: Segmento, 2006.

O texto apresentado pertence ao domínio jornalístico. Sua finalidade e sua composição estrutural caracterizam-no como

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CPI) Biblioteca Goiandira Ayres de Couto

Disponível em: http://www.scg.goias.gov.br. Acesso em: 28 jul. 2010.

O exemplo de gênero textual citado é largamente utilizado em bibliotecas. Suas características o definem como pertencente ao gênero

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Luscar. Cartum.

Nesse cartum, o artista lança mão do recurso da intertextualidade para construir o texto. Esse recurso se constitui pela presença de informações que remetem a outros textos. O emprego desse recurso no cartum revela uma crítica

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